OITENTA
Do alto dos meus oitenta
Onde a vida se acalma.
E se senta.
Percebo um vacilo no tempo.
Transformar em ato,
o lamento.
Viva, veloz e traquina
Viro a mesa,
Dobro a esquina.
Levo comigo o segredo
- alma já sem medo -
Ergo o dedo,
enfrento a vida.
Faço da anciã,
menina.
E grito à juventude perdida:
Alto lá!
-Aqui tem vida!
* * *
Poema dedicado à Dona Olga, minha mãe.
Inesplicando.
Bela homenagem! Um Feliz e abençoado Dia das Mães!
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