Músicas que a gente ouvia de criança e não saem da lembrança. O coração não se cansa de sempre, sempre, ouvir e se emocionar. Sou fã das marchinhas! Letras bobinhas. Fáceis melodias. Nada terá sabor igual...
Certas marchinhas são insubstituíveis. E sobrevivem, eternas na nossa lembrança. Carregavam a pureza e um grande contra senso: misturar carnaval com sentimento! A Linda Morena de Lamartine. A Mulata iê iê iê de João Kelly. Os sucessos de Manoel Ferreira e Ruth Amaral. Casal genial! Como não entregar o coração, depois do refrão “ bandeira branca, eu peço paz”? Coisa de antigos carnavais...
Mil palhaços no salão. Em cima das mesas e camarotes. Serpentinas e bisnagas nas mãos. Nada era contravenção. Tudo fantasia! Tule. Sarongue. Ou um lenço amarrado da tia. Lança perfume, podia! E a menina doce de coco deixava todos loucos. Por tão pouco, a gente se divertia...
As velhas marchinhas traziam a inocência. Da estrela Dalva que no céu desponta. Da lua que anda tonta. E do tempo em que a gente pedia sem confusão: me dá um dinheiro aí? ... e não era flanelinha, nem ladrão! Algumas das canções foram canceladas e com alguma razão. O mundo mudou. O preconceito, ainda não!
Bateu foi uma saudade dos velhos carnavais! Das marchinhas e matinês que frequentei. Ontem, no meu velho saco guardado encontrei um confete, todo amassado e uma fantasia antiga que usei... Confesso, quase chorei!