terça-feira, 19 de maio de 2020
PODEMOS VOAR!
domingo, 10 de maio de 2020
A PONTE... DA MINHA ALDEIA
Um
erro no jornal. O repórter distraído, trocou a imagem da Ponte Pensil de São
Vicente pela foto da Golden Gate! Mas como são
diferentes...
A Golden Gate não tem moleques atrevidos que pulam soltos e desprotegidos no mar atlântico vicentino, mar de tantas belezas e tamanhas incertezas.
A Golden Gate não tem no sopé, encravada, a casa das bananadas! Não tem, do lado de lá, junto às filas de carros que andam feito serpente, um bocado de ambulantes e diferentes gentes. Velhos, crianças, jovens, deficientes. Sob o sol escaldante. Ou nas noites frias e cortantes... - Olha a cocada! Limpador de para-brisas. Pano de chão. Bandeirola. Castanha do Pará. Esfregão...
Também não tem, logo alí no Japuí, as Marinas e seus ricos iates. Ao lado de casinhas simples dos pescadores com seus barquinhos de pequeno porte. Não, a Ponte Pênsil não é a Golden Gate. Muito menos São Francisco é São Vicente!
A Ponte Pênsil é a cara do Brasil e suas implacáveis diferenças. É o Brasil com todas as suas mazelas. Mas ainda assim, consegue ser bela! E na carona de Fernando Pessoa, pode ser pequena, menor e mais velha... mas é a ponte mais bela, porque é a ponte da minha terra!
Rústica e castigada, como a pele e os olhos dos meninos que dela pulam sem medo e sem porquês. A ponte pênsil tem veias de aço e madeira que balança.
Tanto me alegrava, quando eu passava, criança e agora balança, em pensil esperança... como o meu coração!