Não sei se passaram dez ou quinze minutos. Ou sete
horas... Que horas são, agora? Não dei conta. Fiquei ali,
maravilhada, em silêncio. Olhando a paisagem. Perdida em longos pensamentos. Ora
pensando em nada. Ora viajando por lugares distantes. Indo e vindo na paisagem quieta e relaxante. Instante de paz e serenidade. Coisa que vem com a idade.
Ele, ao meu lado também em silêncio,
olhava a imensidão. Talvez, observando as diferentes formas na silhueta de cada
montanha. As nuvens. A bruma. A grama. O horizonte reticente... O silêncio cabia ali tão perfeitamente que lembrei de um poeta anônimo que dizia com alma e profundidade...
O silêncio não pesa onde existe intimidade.
Não ter que falar. Nem comentar.
Nem explicar. Apenas estar. Os dois quietos. Calados. Lado a lado. E o silêncio a nos
completar. Leves momentos em que a vida pede pausa. Depois do stress. Da dor. Da raiva, da náusea.
Depois da festa desgastante. Em que temos que falar. Sorrir. Comer. Cumprir. Postar. E obrigatoriamente ser feliz... Como é bom silenciar. Aquietar por um momento. Refazendo a alma por dentro. Sozinha, só no pensamento. Sem dever a cumprir. Sem meta a alcançar. Apenas observar. Ser. Estar. Respirar.
Depois da festa desgastante. Em que temos que falar. Sorrir. Comer. Cumprir. Postar. E obrigatoriamente ser feliz... Como é bom silenciar. Aquietar por um momento. Refazendo a alma por dentro. Sozinha, só no pensamento. Sem dever a cumprir. Sem meta a alcançar. Apenas observar. Ser. Estar. Respirar.
Ficamos ali, cada um no seu silêncio. Juntos, eu e ele. Sem
nada a dizer. Foram duas ou três horas... Teriam sido semanas? Só alguns
minutos de êxtase e brevidade, no melhor silêncio.
O silêncio divino... da
cumplicidade!
***********************
Assista agora esta crônica no You Tube e viaje nos pensamentos...