Os curiós, curiosos, foram os primeiros a saber. Não deram um pio. Um deles fingiu que não me viu. Comecei a desconfiar de alguma notícia mais quente. Os bem-te-vis bem-te-viram bem antes de todos que as paisagens estavam diferentes e entoaram notas de terças numa eloquente harmonia sertaneja.
A grama estava mais verde. Sapos pulavam. Insetos voavam. Nos cantos, bichinhos doidos se embolavam. E sem pudor se amavam. Que raios acontecia ao redor? Quem espalhava esse tanto de amor? E sacudia poléns afrodisíacos nas florações?
O bem me quer não bem me quis estragar a surpresa. Melhor perguntar à mãe natureza. Fui até o pé de milho. Sussurrei ao pé do seu verde-amarelo ouvido... quem é que arrancou o terno cinza e vestiu todo mundo com traje florido?
O milho pipocou e não falou. O dente de leão rugiu, mas não contou. Nem o vento quente que bateu, me soprou. Alguém pode dizer o que foi que rolou? Tudo desabrochou. Explodiu de amor...
E debaixo da janela, a Maria sem vergonha, tagarela não se segurou... ainda não sabe?
A primavera... que chegou!
Lindo, lindo como a primavera, minha estação predileta!
ResponderExcluirObrigada! Vamos florir!
ExcluirAinda bem que a Maria sem vergonha resolveu contar. Mais uma Primavera
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