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segunda-feira, 28 de outubro de 2019

RESENHA INESPLICANDO... "Love is Understanding" de Sergio Farias



Eles embarcaram no Last Train to Clarskville...

No auge dos anos sessenta, uma banda pré-fabricada com quatro rapazes cabeludos. Um vocalista bonitinho e três músicos esquisitos. E vindos na esteira dos Beatles? Tinha tudo pra dar errado. Mas não! Foi muito além. 

De início, veio a divertida série dos Monkees na TV. A seguir, entrevistas de estrondosa audiência. E finalmente, hits que viraram sucesso mundial. Começava a febre da Monkeemania que pegou os jovens nos EUA e de todo mundo. Pra se ter uma ideia, a banda chegou a vender mais que os Beatles e Rolling Stones juntos. Porém, foi ironizada e rotulada pelos críticos em plena época da contra cultura por ter sido uma banda criada pela indústria fonográfica. Acabou sucumbindo às pressões, às consequências da sua ascensão meteórica e às divergências e egos dos seus integrantes.

Quem conta essa incrível história e tenta fazer justiça ao talento e ao pioneirismo dos Monkees, é o professor, escritor e autor de peças teatrais, Sergio Farias no livro “Love is Understanding, A vida e a época de Peter Tork e os Monkees”.

Baseado numa pesquisa fantástica, Farias mostra fotos raras e entrevistas com pessoas que conviveram com a banda, o contexto em que os Monkees apareceram, ajudando a entender o porque depois de um salto tão alto, a banda caiu no ostracismo. 

O livro é rico em detalhes. Uma boa viagem pelos anos sessenta, dentro do universo musical do rock psicodélico e suas ideias lisérgicas de liberdade.
A linha condutora é a vida de Peter Tork, o loiro de cabelos lisos e escorridos. Um dos mais talentosos e criativos. Multiinstrumentista, com formação clássica e o mais intelectual da Banda. 

O livro relata o início, quando os músicos se conheceram...
“Um anúncio muito estranho e cheio de gírias no jornal, em setembro de 65... “Seleção de músicos e cantores de folk ou rock para atuarem no papel de 4 malucos, entre 17 e 21 anos numa nova série de TV...”

Peter Tork, Micky Dolenz, Mike Nesmith e Davy Jones foram contratados para estrear a série The Monkees, em 1966.

Todas as etapas da Monkeemania, os bastidores conturbados. A carreira de altos e baixos de Peter, com seus princípios de vida e liberdade, além da sua perigosa sinceridade e bom humor, estão no livro que retrata o  quarteto criativo e pioneiro no uso do sintetizador Moog. E que lutou pelo direito de tocar em seu próprio disco.

O livro de Sergio Farias revela as derrotas e celebra o resgate da banda e do músico Peter Tork, admirados por artistas como Frank Zappa, Jimy Hendrix e os Beatles, acabando por fazer justiça ao legado dos Monkees no cenário da música pop!

“Era um fenômeno, máquina de fazer dinheiro. O grupo fictício se tornava uma verdadeira banda de rock n roll!”

Eu era pré-adolescente e fã incondicional dos Beatles. De primeira, rejeitei a banda. A seguir, diante da alegria contagiante e um rock’nroll divertido na série da tv, me apaixonei. Não perdia os episódios e tocava as músicas  no violão graças a uma revistinha chamada “Vigu”. Achava Peter Tork o  mais charmoso que o Davy. Mike o mais engraçado.

Obrigada, Sergio Farias, por me mostrar bem mais que o óbvio. Esmiuçando o contexto musical e social onde o fenômeno da Monkeemania se deu.

“Love is Understanding, A vida e a época de Peter Tork e os Monkees” é uma ótima dica de leitura para os amantes da música e dos anos sessenta.  O lançamento do livro foi feito no Brasil e em Portugal, simultaneamente pela Chiado Editora. 

O livro tem 393 páginas, mas passam voando como o last train to Clarksville... e o sucesso dos Monkees!

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LOVE IS UNDERSTANDING...A vida e a época de Peter Tork e os Monkees”. 
CHIADO EDITORA. À VENDA NAS GRANDES LIVRARIAS...
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Para os mais saudosos e ... os curiosos... segue o link da abertura do seriado no YouTube

https://youtu.be/pG4pLkMkcFw












terça-feira, 1 de outubro de 2019

CRIANÇAS NÃO MENTEM...


Crianças não costumam mentir... Quando queremos uma resposta de verdade. Com sinceridade. Devemos perguntar à uma criança. Elas não costumam mentir. Acho que não conseguem... 

Falam com o coração. Dizem sim. Ou, dizem não. Respostas simples. Feio. Bonito. Gostei. Não gostei. - Detesto palmito! É engraçado ovo frito. Tenho pena de peixe, frito... E quando cismam com um personagem ou com alguém? Um parente, um palhaço, um cosplay...  Não há jeito de contornar. Não quero. Não vou. Não gosto dele. Tem cara de mau! Sem constrangimento. Sem pudor. Dá até um certo temor. Às vezes, pega mal. Mas criança é assim. Normal... 

A gente é que, com a idade e por necessidade, vai criando certos personagens... Amigáveis. Mais políticos e simpáticos. Nem tão sinceros e reais. Acredito, também, pela vontade sadia de não querer magoar ninguém. Preocupação que as crianças mais novas não têm...  

Na festa da Mariana foi assim. Ela fugia loucamente da princesa. Loira e linda. Uma espécie de Cinderela que queria a força lhe beijar e abraçar. Não teve Cristo que a fizesse tirar fotos. Ou, ao menos, conversar com bela personagem. 

E no final da festa, lá estava a Mariana, sorrindo, no colo da bruxa. Mexendo no seu chapéu e na verruga do nariz! – Mariana, porque você não falou com a Cinderela? – Não gostei dela. Achei feia aquela peruca amarela. E ela queria me segurar...  

Mas da bruxa feia e malvada, cheia de verruga na cara, você gostou? – Ela era muito mais legal que a Cinderela.  A verruga era de mentira. E atrás daquela roupa, ela era boa. Eu sei! Olhei dentro dos olhos dela... 

Será que um dia olharemos assim?


                                                                     

Getty Images Da BBC News Brasil em São Paulo
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