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terça-feira, 12 de junho de 2018

JURAS DE JURERÊ

                                                           


Difícil não se apaixonar em Floripa. Por Floripa.
Lindas praias, luar. 
E um tempo feito pra sonhar.
Floripa da Lagoinha, rústica e bela
e do riso das crianças 
na praia de Daniela.

Dos surfistas apressados para o sol e o mar
se a praia, Brava, deixar.
Das areias gritantes da praia Mole
e com um pouquinho de sorte,
o melhor pôr do sol na praia do Forte!

Floripa das ostras fresquinhas de Ribeirão da Ilha,
ruas estreitas, restaurantes, famílias.
Das dunas de Joaquina, rendeiras de mãos divinas.

De Santo Antônio de Lisboa e Sambaqui.
Casas portuguesas, com certeza, aqui e ali!
Floripa do Mercado Municipal.
Do cooper na Beira Mar e coisa e tal.

E o tempero de sol e sal
da praia do Campeche.
Do Pântano do sul e da Solidão.
Dos bilhetes do Bar do Arante
e o pastel de berbigão!

E pra quem tudo vê com o coração,
tem uma lagoa de paz,
na Conceição.

Difícil não se apaixonar em Floripa.
Por Floripa e por alguém.
Foi lá que o manézinho da ilha,
pobre de se ver,
conquistou o coração
da menina rica de Jurerê.

E foram juras e mais juras.
Juras no mar. Juras ao luar.
Juras de amor de mil anos.
Juras com sotaque açoriano.
Juras, do Jurerê
até a Hercílio Luz!

E os dois seguiram pela ponte iluminada,
de mãos dadas,
O manézinho e a sua amada.
Sem pompa, sem mistério, nem distinção.
Só amor, luz e paixão.

E as juras de Jurerê
sempre serão ouvidas no meu coração.
Porque esse romance
nobre-plebeu, se deu,
apenas na minha imaginação.

Ah, Floripa!




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