Alguns chamam de loucos. Prefiro chamá-los marqueteiros! Natos. Originais. Alguns, geniais.
Os ambulantes
criativos e exóticos se espalham pelas ruas e avenidas vendendo seus produtos com arte e alguns enfeites. Aqui nas praias do litoral paulista, esbarramos em alguns interessantes.
Um deles traz o produto na cabeça. Cabelos com cachos bizarros emaranhados que servem de encaixe perfeito para as cascas
vazias de amendoim. É visto à distância com os enfeites na cabeça. Estranhas madeixas. É o vendedor de amendoim mais conhecido no pedaço. Sujeito encasquetado. Usa a camiseta da Jamaica com o rosto do Bob Marley estampado.
Outro famoso é um sujeito gordinho. De sotaque baiano, roupa rodada de renda e voz estridente. Bate martelo num bumbo, gritando: - Cocada light, cocada diet... cocada engordiet! Os gritos
assustam os quem ainda não o conhecem. Ele garante que sua cocada, além de boa, emagrece! Ele vende junto uma fitinha do Bonfim e ensina a prece.
O mais
criativo pra mim era o vendedor de sanduíche natural, famoso no sul do litoral: o Rambo. Faz tempo que não o vejo. Usava bermuda de exército e uma bandana na testa. Uma espécie de Stallone tropical! Caminhava quilômetros na areia quente da
praia, lançando no ar, perguntas de conhecimentos gerais. Naquele tempo não tinha celular. Nem Google pra
consultar.
O Rambo desfilava seus músculos e perguntava, valendo um sanduiche natural: - Quem sabe a capital? Cada vez, era um pais diferente. Vez ou outra, um professor acabava acertando. Mas, era muito difícil. E o Rambo se divertia. "Vamo estudá pessoal...Tem que estudá".
Foi por causa do Rambo que eu
jamais esqueci o nome da capital do Uzbequistão, que é a cidade de...
Melhor
não contar. Vou fazer como o Rambo. Vamos pesquisar pessoal! Tem que
estudar!
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