À noite. No silêncio. Entre o sono e o sonho. Eles
me convidam para entrar... São os campos de trigo! Lindos. Espécie de abrigo.
Infinito... Imagem que vai surgindo em minha mente. Recorrente. Será o paraiso?
Entro feito o vento, em suave movimento. As plumas balançam ao roçar
dos meus dedos. Sigo caminhando leve, na direção do sol. Às vezes, flutuando.
Tocando com as mãos a plantação. Pés descalços. Rosto ao vento. Aquietando a
alma, o coração, o pensamento.
Dizem que os campos de trigo tem grande simbologia. Espécie de santidade. Um portal. Uma passagem... Mistério e magia. Não procuro explicação. Aproveito o tempo que durar. Uma noite
apenas. Ou, até o dia raiar.
Sei que logo mais será hora de
acordar. Sair da cama e do sonho. Respirar um mundo duro. De cimentos e muro. À cada instante, mais veloz e menos seguro. Parecemos loucos. Tolos? Inimigos na Selva. Krig-há Bandolo! Donos de regras. Armados. Patéticos soldados, tristes e desalmados. Perdidos. Em lados separados...
O grão do trigo morre para depois germinar. Está em nossas mãos, um outro pão? A mais justa divisão? O novo plantar pede pressa. Todos em força tarefa. Namastê, amém,
oxalá! E que algum anjo torto ou Deus mesmo, venha nos ajudar! Esta terra aqui já foi um bom lugar pra se habitar.
Enquanto isso, à
noite eu sonho. E viajo nos campos de trigo. Meu refúgio. Minha pausa.
Meu abrigo. Só um pouco de paz... é o que preciso!
* * * *
Q privilegio ter esse campo de trigo, à noite, entre o.sono e.o sonho.
ResponderExcluirTb queria um assim, na minha insônia nas noites.