São duas as Biritibas. Não muito distantes de Mogi
das Cruzes. Uma é a Mirim. A outra é a Ussú. Só isso já bastava
para tornar curiosa a nossa visita à cidade que ficava a poucos quilômetros do
sítio onde eu descansava o final de semana: Biritiba Mirim! Doce, rústica e
pacata...
Quando a noite escureceu a mata e o som das cigarras já trazia
um ar de melancolia, decidimos procurar algo mais alegre na
cidade grande, que não era tão grande assim. Mas era sábado! Alguma coisa devia acontecer por lá.
Meia
hora de carro e avistamos, do lado direito da estrada, uma grande construção. Um armazém enorme que, soubemos mais tarde, havia abrigado a Lobo’s, maior
discoteca da região, há anos desativada. Passamos lotados. Não era o programa desejado.
Seguimos na pista e do outro lado se via um posto
de gasolina. Bem iluminado. Com uma subida que dava no centro de Biritiba. Havia uma entrada principal com um pequeno portal e arvoredo. Adiante, a rua que abrigava o comércio inteiro. Lojinhas de roupas,
materiais de construção e ração para animais.
Aberta mesmo, só uma pizzaria no final da rua, na praça da Igreja. Ali sim, Biritiba
fervia, acesa! Paramos o carro atrás de alguns cavalos em postes amarrados. Seus
donos estavam em grupos e conversavam ao som de música sertaneja.
Eram moços e moças de bochechas vermelhas de quem toma sol com
poeira todos os dias no campo, no meio da natureza. Era animada a prosa. Bebiam cerveja e energéticos com pinga de alambique.
No meio daquele pique, encontrei o Edú, caseiro do sítio. - O que se faz de bom por aqui, amigo? Ele respondeu num caipirês meio tímido... - “aqui é só o esquenta, ué! Depois, nóis vai tudo pro Jacaré!”
Pegamos o carro, estacionado atrás de três velhos cavalos e seguimos em direção a saída da cidade. A casa tinha dois andares. Era velha e esquisita. Pintada de preto por fora com uma luz verde piscando na janela de cima. Saia fumaça, calor e mulher. No alto, a placa: Forró do Jacaré!
Olhamos, sorrimos e ali mesmo paramos. No dia seguinte, o galo e as galinhas do
sítio iriam nos acordar cedinho com outros planos... Ficou somente a lembrança alegre da pacata e nada ingênua Biritiba!
E daquela noite quente... no forró do Jacaré. Ué!
PARA ADQUIRIR "O VOO DE TÁBITA"
OU OS LIVROS DE CRÔNICAS INESPLICANDO.
É RÁPIDO E FÁCIL!
OBRIGADA PELA VISITA!
Excelente Inês..
ResponderExcluirDespertou minhas lembranças dos.bons tempos de Biritiba..
Excelente Inês..
ResponderExcluirDespertou minhas lembranças dos.bons tempos de Biritiba..
Adorei a aventura! Sempre bom ler você!
ResponderExcluirQue bacana, essas lembranças são muito especiais,na simplicidade é um lugar bom de estar
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