Às vezes está em nossas mãos o tempo inteiro. Às
vezes, nas mãos do parceiro. Começa a trama. A delicada
cama, feita de barbante. Entramos para brincar. Depois, o jogo começa a esquentar. Dedos por baixo. Dedos por cima. Num
balanço ágil e solto. Fácil de realizar. Com o tempo, as mãos vão mais devagar.
O polegar ajuda. Às vezes se inclina. O parceiro reflete e imagina. Olha pelos lados. Pelos cantos e por cima. Faz o movimento com desenvoltura. Criando nova figura. E passa sua vez.
O jogo vai ganhando dificuldade. Não importa a idade. A
experiência conta mais. Os pais passam para os filhos. E os filhos, muitas vezes ensinam os pais. O lance é estar sempre pronto para sair das ciladas.
Inventar outros laços. Sair dos embaraços.
Tão lúdica essa brincadeira. A mais provocadora dos jogos e
brinquedos que já tive. Mais amável que War ou Detetive. Mais complexa que dominó ou ligue-ligue.
Eu não sabia o seu significado. Sigo compondo o aprendizado. Eu e meu
parceiro atados. Nossos dramas. Nossa trama. Nossa cama. Cada qual com seus enredos e anseios. Às vezes ganhamos. Em outras, perdemos. Nem sempre achamos saída. Mas de algum jeito aprendemos.
Esse jogo engenhoso e sedutor, com erros, acertos e ilusões, bem poderia chamar...
amor a dois!
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foto @soudessaépoca
Para saber mais sobre a brincadeira "Cama de gato"
https://www.coisasdojapao.com/2019/06/ayatori-cama-de-gato-e-brincadeira-com-barbante-tradicional/
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