A felicidade chega, às vezes, numa tarde modorrenta.
Sem muitos planos. Sem pretensões.
Chega fugaz, em meio à fumaça de um café recém
passado. Fresco e perfumado. No meio de uma conversa com alguém que nos faz
bem. Ou nas frases soltas e perfeitas das letras das velhas canções.
Pronto. A
felicidade, à nossa porta bate! Como um bálsamo, invade.
E é preciso habilidade para conservá-la por
alguns minutos ou simples instantes, antes que inúmeros assuntos e pequenos tormentos tomem
conta do nosso pensamento, distraindo nosso coração.
Basta um segundo e saímos da vibração. Ligamos
o rádio. O celular. A televisão. E largamos, sem muito pensar, em algum canto a nossa paz.
Síndrome dos dias atuais. Nada satisfaz.
Estamos prontos e preparados a querer mais. Sempre mais. E quando não, ganhamos ansiedade,
pânico, depressão.
Não basta ser rico. É preciso passar o reveillon em
Noronha. All inclusive! Não basta ter o mar, de graça para revigorar. É preciso
uma piscina olímpica no terraço. Com um trampolim para saltar. Se possível, do último
andar. Não basta um copo de vinho e o peito de um companheiro fiel para descansar.
É preciso que ele tenha sucesso e dinheiro. E sexo tântrico, sete dias por
semana. O ano inteiro.
O muito já não é
o bastante. Queremos o mega. O top. O super-ultra deslumbrante. E a felicidade? De binóculos, distante...
Até
que chega a Tia Lurdes no meio da tarde singela. Com bolinhos de chuva na
tigela. Feitos por ela. Salteados de açúcar e canela!
E percebemos como é
simples rimar. Felicidade, simplicidade!
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A felicidade está na simplicidade!
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