Todo mundo tem aquela roupinha... Que não dá, nem
joga fora. Aquela que é a nossa cara. E se não pegasse tão mal, a gente usava todo dia. Toda hora. Aquela roupa amiga e usada, às vezes amarrotada, que acomoda tão bem a gente.
É peça já
formatada. Amaciada. Que nos aconchega e traduz. Por fora e por dentro. Num
dueto mais que perfeito! Nem sempre é a mais
cara. Na maioria das vezes, é aquela velhinha que encaixa certinha no
corpo e na alma.
Tive roupas que marcaram várias etapas da minha vida... De
criança, era uma calça vermelha que eu usava todo domingo. Ninguém mais aguentava. Acabou sumindo. Na juventude, uma calça jeans desbotada
com bolsos coloridos, que combinava com o estilo folk e com meu violão, sempre
comigo.
Hoje, uma calça branca meio solta, meio folgada, me representa. Já foi
nova. Agora, clássica somente! Uso exageradamente.
Já não ligo para o que possam pensar. Chegou a idade onde não preciso
explicar. Posso usar. Abusar. Sem me preocupar!
E como as
roupas marcam as pessoas... A gravatinha do Jô. Os terninhos
da Onassis. Os chapéus da rainha. As golas do Elvis. E por
aí vai.. Mas para mim, as roupas mais velhinhas
é que são inesquecíveis. Quando passei a dividir os espaços, os sonhos e a minha
vida com alguém especial, tinha uma camiseta velha, tamanho gigante que a
gente disputava.
Era ótima pra dormir. Cabiam pernas e braços. Ousados. Unidos. Espalhados... Além de todos os sonhos de um casal enamorado. Era branca
e vinha escrito em cor vinho “A tralha”. Quem achasse primeiro, pegava e ia
dormir. Vingado e feliz!
Que roupa boa era aquela... Uma camiseta velha! A deliciosa, tralha.
belissimo
ResponderExcluirEu também tenho as minhas camisetas velhas para dormir. São grandes, desbotadas, mas confortáveis. Tornam o meu sono mais leve. Não as troco por nenhuma nova, mesmo que sejam de marcas famosas, de grife. Mas,tem um porém, vizinha: se alguém chamá-las de ''tralhas'' eu boto o Jabaquara em campo.
ResponderExcluirTodo mundo tem sua tralhinha de estimação!!! rs rs beijos vizinho!
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