É algo em mim meio incontrolável. Salvo insetos. Não consigo ver sequer um marimbondo, mosquinha, pirilampo, tesourinha se debatendo na água que meto o dedo e vou logo salvar. É ato sem pensar.
Vejo o bichinho girando, engasgando, se contorcendo e faço o diabo pra tirar. Pego um gravetinho pra ele se segurar. Ofereço o dedo. Faço ondas e vou jogando pro cantinho até o bichinho escapar... E olha que alguns são insetos nada agradáveis. Eu sei lá! Não gosto de ver vida agonizar. Se tiver que morrer, que morra em outro lugar. Não na minha frente. Não consigo negar ajuda. Sou uma espécie de Madre Tereza do meu pomar.
A pobre joaninha ficou se debatendo no meio da poça do jardim depois de três dias de temporal sem fim. A coitada rodopiava, batia as asas exaustas e ensopadas. As suas oito ou doze pintas, mal se enxergava. Era um vermelho pálido de medo de quem, quase desfalecida, já se entregava...
Fui até a joaninha pisando na água fria e ofereci minha mão feito jangada. Terra firme. Confiança espalmada. A pequena subiu trôpega e desajeitada. E eu, fiquei uns dez minutos olhando aquele inseto frágil e amigável na palma da mão. Ajeitando as asinhas, secando os olhinhos e regulando o sensor... Ufa! Estava viva e com grande alívio ressurgia em brilho e cor.
A Joaninha enfim voou e foi parar no meu nariz, Olhei no espelho, meio sem jeito. Acho que ela queria me agradecer. Mirei-a por debaixo dos óculos e soprei, com sopro de ternura para ela docemente partir.
Voa logo,
Joaninha... vai ser feliz!
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COMBOS INESPLICANDO LIVROS 1 E 2
MAIS A CANECA PERSONALIZADA...
Que tal neste Natal?
PEÇA 13 997754072
OBRIGADA!
Uaaaau, delicadeza que indica um bom coração! Adorei! Beijos! 👏🏻👏🏻👏🏻😘🌹
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