O apito longo e doído do velho carrinho do vendedor
de paçoca, me fez recordar coisas que há tempos não vejo mais...
Foi surpresa
sem igual. Quando vim morar na Olavo Bilac, poética e estreita rua do
litoral. Tão diferente das grandes avenidas que morei na Capital... Lá veio ele, com seu apito longo e conhecido
da garotada. O carrinho com chaminé e fumaça lembrava a frente de uma locomotiva. Ainda na ativa, ele vendia amendoim e paçoca quentinha. De
rolha ou farelinha. Ambas macias.
Depois da paçoca e do amendoim, passavam durante a semana, vários outros ambulantes. Engraçados sujeitos! Com seus
gritos e frases de efeito. - Olha o amolador! De facas, tesouras ou outro
laminado que for. Passava também o
consertador de panelas de pressão! Cheio de válvulas, correias de
borracha e panelas de antigas marcas. Panex, Panelux,
Fulgor! Cheguei a correr atrás do vendedor. Minha válvula pifou! Levei outra, seminova. À toda prova. Palavra do vendedor.
Saudades também dos ambulantes da
praia... Onde anda o vendedor de biju? Olha o Beeeeju! Batendo forte na sua matraca de madeira e ferro, marca registrada do biscoito seco e quebradiço, misto de
polvilho e farinha de trigo. Ao contrário do vendedor de algodão doce, que usa
uma buzina para anunciar a sua chegada! Quanto tempo não vejo mais nada. Cadê
os vendedores de cocada?
São tantas coisas lindas que não tenho visto mais... Lembro das noites
iluminadas pelos insetos que acendiam e apagavam na
madrugada. Pra mim, eram seres encantados! Dezenas deles, espalhados. Nas
noites da cidade. Nas praças e descampados. Aonde andam os pirilampos?
Cadê os vagalumes iluminados?
Receio que essas coisas belas que eu via quando criança... Os antigos ambulantes, os vagalumes e até as abelhas em suas doces andanças...
Restem um dia, apenas e somente, na nossa lembrança.
Receio que essas coisas belas que eu via quando criança... Os antigos ambulantes, os vagalumes e até as abelhas em suas doces andanças...
Restem um dia, apenas e somente, na nossa lembrança.
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Q lindo. Qtas saudades disso tudo.
ResponderExcluirTantas coisas q a gente estava acostumada a ver e ouvir sempre é 1 p2mbrando agora, dá tantas saudades.
Outro dia vi um vagalume. Um só. Lindo.
ResponderExcluirEles ainda existem e resistem... Precisamos ir atrás... dos vagalumes e dos antigos sonhos... Obrigada Lumehish
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNa minha infância, isso nos anos 60, tinha também um senhor que consertava guarda chuvas, e tinha também um senhor já idoso que vendia ovos em uma cesta de vime. Toda semana lá vinha ele gritando "oveeeeroooo". Saudades que ficaram na lembrança.
ResponderExcluirAléms desses "Consertadores" qyue vc citou, lembro também do consertador de sombrinha, e afiador de faca. E tinha também o "trocador" de garrafas vazias por pintinhos novinhos lindinhos...Não sei se a gente não sabia cuidar direito, mas raramente "vingavam"...Tenho até um conto que escrevi sobre dois desses pintinhos...Ah! que pena que a gente não vê mais esse povo que encantava a a nossa infancia e adolescência.
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