Sempre imaginei o paraíso em azul e branco. Um imenso oceano com águas tranquilas, esparramando
espumas na areia fina de uma praia
deserta... Isso foi até visitar o Contemplário! Acho que me enganei todo esse tempo. As almas voam mais
livres por aqueles campos...
Sem falar
do cheiro fresco das quatro estações que
estão todas ali reunidas e espalhadas no ar. Eu me perdi naquele lavandário na Cidade de
Cunha, como quem se esquece no tempo. Eu, que nem sabia o que era um lavandário. Nem a cor e o cheiro das lavandas. Azuladas,
mais para violetas! Vivas, com o balançar
do vento.
Foi no meio da plantação que um visitante perguntou quem era o dono daquilo tudo. - Henry! Veio a resposta. Um homem que se encantou com as terras onde o
por do sol era o mais fantástico daquela região de montanhas. Resolveu plantar as
lavandas e diante de tamanho presente da natureza decidiu dividir com as gentes de todo canto aquela riqueza. Além de dar chance para os locais oferecerem seus produtos de
lavanda numa espécie de loja-cafeteria que fica no alto do campo com vista para
o espetáculo.
Ah...
aquele biscoito de lavanda com uma
pequena xícara de café fumegante, vendo o sol se por. E o melhor ainda estava por vir...
O Contemplário mesmo, onde a mirada é de paraíso, é um simples trapiche de madeira onde o vento bate no rosto e os olhos se enchem de cor. Campo dos sonhos. Paraíso azul- violeta onde moram as lavandas!
O Contemplário mesmo, onde a mirada é de paraíso, é um simples trapiche de madeira onde o vento bate no rosto e os olhos se enchem de cor. Campo dos sonhos. Paraíso azul- violeta onde moram as lavandas!
Mas
no fundo eu sabia que o Henry não era o dono daquilo tudo.
Quando eu estava
indo embora, olhando as lavandas ao sabor do vento, o sol batendo nas flores, realçando suas
cores, descobri a quem pertencia.
Àquela que beijava as flores todos os dias.
Que via o sol se levantar e o sol se por. Que percorria o campo saudando as lavandas de um
lado para o outro, livre, como as almas no paraíso.
Era
uma abelhinha. Uma pequena abelhinha... que piscou para mim!
* * * * *
Esta crônica faz parte do livro "Inesplicando 50 crônicas e um poema",
Disse tudo. Pura poesia.
ResponderExcluirhttp://carmenluciindica.blogspot.com.br/2016/06/contemplario-cunha-sp.html?m=1
Obrigada,Carmém!
ExcluirLindo , muito singelo e verdadeiro este texto.
ResponderExcluirAmo muito lavandas e tudo que se pode extrair e fazer com ela .
Lavandas Lyla Freire
Obrigada, Lyla! Também me apaixonei pelas lavandas!!!
ExcluirO dono desse paraíso chama-se Deus! Um Deus que habita dentro de cada alma sensível, como a sua, que sabe ver com o coração. Amei o texto. Lindo.
ResponderExcluirObrigada Helena. Penso assim também! Adorei te ver no blog. Visite me sempre!
ExcluirEmocionada...É Deus me guiando pra sentir ele bem perto.❤. Parabéns pelo texto. É como se deliciar de um algodão doce cada palavra.
ResponderExcluirObrigada Giselia, pelo carinho da leitura... É Deus sim...
ExcluirEm poucas palavras eu me transportei ao passado, lembrando a semana que passei em Cunha! Lugar deliciosamente lindo! Parabéns! 👏🏻👏🏻👏🏻🌹🌹
ResponderExcluirUm lugar mágico!! Quem não visitou o Contemplario , não pode dizer que foi a Cunha!
ResponderExcluirPura verdade, Margaret...
Excluir